Notas de Ensinamento – Palestra sobre Plantas de Poder (Vô Francisco – 09 de junho de 2025)
As ervas são forças da natureza. Cada uma carrega uma energia própria, e saber usá-las é parte do caminho espiritual. Para defumação, podemos usar o conjunto das sete ervas ou misturar três com intenção clara, de acordo com a necessidade. Casca de alho, arruda, alecrim, manjericão, pó de café com açúcar e pó de canela são potentes quando usados com consciência. Cada erva atua em uma vibração: há ervas de limpeza e há as que fortalecem a energia do ambiente.
Quando o ambiente está muito pesado, é possível misturar limpeza e prosperidade. A intuição deve guiar o uso. Se sentir de usar sal grosso, use — mas com moderação. O sal limpa, mas também retira energia. Como tudo na vida, o equilíbrio é o segredo. O excesso, até de água, pode fazer mal. Por isso, tudo que for feito, que seja com sabedoria.
O sentimento é o guia mais profundo. Às vezes, sentimos o impulso de fazer algo sem saber exatamente o porquê. Isso não é bobagem. É o campo espiritual comunicando de forma sutil. O que sentimos não deve ser ignorado. Quando estiver em um local que pede defumação, a sensibilidade já avisa. A espiritualidade fala, basta ouvir.
A fé também se manifesta nesse sentir. Muitas vezes, não captamos os sinais porque estamos distraídos. É preciso atenção. E quando sentimos, não devemos duvidar. O corpo sabe, o coração sente.
Notas de Ensinamento – Palestra sobre Perdão, Palavra Viva e Esperança (Vô Francisco – 09 de junho de 2025)
O perdão é outro ponto essencial. Está presente nas orações mais sagradas, abrindo e fechando preces. Porque o perdão verdadeiro só vem depois do amor. Ninguém perdoa profundamente se não ama. E muitas vezes temos dificuldade até de dizer que amamos. Amor não é fraqueza — é a base de tudo.
Quando alguém ama demais o dinheiro, o pataco, mas é frio com as pessoas, está regando com amor algo que não dá fruto verdadeiro. O dinheiro deve vir depois do amor. Está até escrito no “livrão grosso”, a Bíblia, que é mais do que um livro: é energia viva. Deixar a Bíblia aberta em casa pode ajudar, mas só se ela também for lida com o coração. A leitura conecta, fortalece, transforma. Cada palavra escrita ali tem força, mas só se torna verdadeira quando passa pelo coração e pela vivência.
A palavra tem poder. Não é repetir o que está escrito que transforma, mas dizer com verdade o que foi absorvido. A palavra vinda do coração ensina mais do que qualquer citação decorada. Falar com amor é plantar sementes de cura e despertar.
Às vezes, o que a pessoa precisa não é de solução, é de uma palavra amiga. A Bíblia ensina isso também: amor, amizade, escuta. Quando lemos, viramos amigos do livro. Com o tempo, sentimos como se estivéssemos dentro da história. As palavras vivas falam com a alma.
A esperança nasce quando fé e amor se encontram. Ter fé apenas, sem amor, é repetir algo vazio. Ter amor, sem fé, é desejar sem confiar. Mas quando fé e amor se unem, nasce a esperança — a certeza de que tudo pode melhorar. Quem ama e tem fé carrega esperança viva. Não há esperança sem fé. E quem tem esperança caminha diferente no mundo.
Às vezes, situações da vida nos tiram a fé. Mas a esperança, essa é sempre nossa. Se está difícil manter a esperança, é sinal de que a fé precisa ser fortalecida. Vá a lugares onde se fala de amor. Lá fora, poucos falam disso. Mas é o amor que transforma, como um balde d’água lavando a lama.
Até o frio tem seu ensinamento. O frio verdadeiro não é o da temperatura, é o que se sente quando falta calor humano, acolhimento, partilha. Hoje, todos têm como se cobrir. Mas há tempos em que o frio era real, e o calor vinha do estar junto. Ainda hoje, é isso que aquece.
Ttudo é trabalho espiritual. Até a conversa mais despretensiosa pode se transformar em ensinamento.
O importante é estar presente, atento e com o coração aberto. O Vô fala porque sente, e quem escuta, sente também. Porque quando se fala do coração, tudo vira aprendizado, tudo vira amor