Sobre Oportunidades, Repetição e o Peso da Reclamação
Ensinamentos transmitidos por Vô Francisco
As oportunidades não são eventos raros — elas surgem todos os dias. Algumas vêm com aparência favorável, outras parecem desafiadoras, mas todas carregam potencial de aprendizado. No caminho espiritual, não existe absolutamente o “bom” ou o “ruim”. Tudo o que nos acontece está dentro do plano divino. Tudo é Deus em ação.
Quando uma situação se repete, não é por acaso. A repetição é um chamado à consciência. Ela indica que a lição ainda não foi compreendida por completo. Reclamar, nesse contexto, é uma forma de resistência ao aprendizado. Toda vez que há reclamação, a oportunidade de transformação é adiada. A lição permanece ativa até ser acolhida e compreendida.
A energia da reclamação é pesada. Ela não apenas impede o avanço, como neutraliza pensamentos elevados e bloqueia caminhos de clareza. Um único momento de queixa pode anular todo um conjunto de pensamentos positivos. Enquanto a raiva vem e vai, a reclamação se instala. Ela se comporta como uma ferida aberta que se recusa a cicatrizar.
Reclamar é se manter preso à dor sem buscar o ensinamento que ela oferece. A única forma de interromper o ciclo de repetições é aprender com o que está sendo mostrado. Quando a dúvida ou a dificuldade se apresentam, a pergunta que deve ser feita é simples e poderosa:
“O que Jesus faria?”
Essa pergunta não é apenas simbólica — ela é uma chave de realinhamento. Ela desloca a decisão do julgamento mental para a sabedoria do coração. Traz consciência, humildade e conexão com um referencial mais alto.
O processo de evolução espiritual exige esse deslocamento interno: trocar a reclamação pela escuta, a resistência pelo entendimento. Toda experiência, sem exceção, carrega em si o potencial de crescimento. E quando se reconhece isso, a vida começa a caminhar com mais leveza, mais verdade e mais propósito.