Parte 1 – A Morte, o Corpo e as Escolhas de Cada Dia
A Pergunta Sobre o Dia de Morrer
Perguntaram ao Vô:
“Se quando a gente nasce já tem dia certo pra morrer?”
Queriam saber se, quando o espírito decide encarnar, já vem com aquela data fechada, como se estivesse anotada num livro, sem poder mudar.
E o Vô Francisco respondeu simples, do jeito dele:
“Se tá marcado em algum lugar?
Que graça que ia ter a vida se vocês já soubessem o dia de ir embora?
E se tivesse mesmo uma data dessas, vocês não acham que os espíritos iam acabar contando pra vocês?”
Cada escolha que vocês fazem aqui mexe com esse tempo.
Não é que tudo seja solto, sem sentido, mas a vida não é um relógio engessado.
É caminho vivo, que se transforma conforme o coração escolhe.
A Morte Não Tem Data Fixa, Tem Intenção
O Vô Francisco explicou que, lá em cima, esse negócio de “dia” e “hora” não existe como aqui.
No mundo espiritual, o que manda é a intenção, não o calendário.
A forma como vocês vivem, sentem, tratam o corpo, tratam os outros, tratam a si mesmos, vai abrindo mais tempo ou encurtando, vai encorajando uma partida mais cedo ou mais tarde.
Os espíritos amigos até conseguem ver adiante alguns movimentos importantes.
Eles percebem quando a energia de alguém já está na “fase final” desta vida, quando o corpo começa a queimar aquela reserva de força que anuncia o fim.
Mas eles não chegam perto de vocês para dizer:
“Olha, você vai morrer no dia tal, na hora tal.”
Eles sabem para preparar o caminho, para organizar ajuda, amparo, companhia.
Não para criar medo.
Por isso o Vô Francisco disse:
“Não tem dia certo.
O que tem é o que vocês fazem, o que vocês escolhem, o que vocês sentem.”
Quando Os Que Já Foram Começam a Aparecer
Uma filha contou que o pai dela ficou internado muito tempo.
E, antes de desencarnar, ele dizia que via o irmão, os tios, a mãe, gente querida que já tinha partido.
Ele dizia:
“Eles vieram aqui, falaram que eu tenho que ir junto… mas eu não vou, né?”
E a filha perguntou ao Vô:
“Vô, eles vêm buscar mesmo?”
O Vô Francisco respondeu com serenidade:
“Vêm, filha.
Vêm buscar, vêm amparar, vêm segurar na mão.
Principalmente quando são espíritos de amor, de carinho.
Eles não esquecem da gente, não.”
Esses espíritos queridos, que já fizeram a passagem, se aproximam para suavizar o medo, para mostrar que ninguém está indo para o vazio.
É reencontro, não é abandono.
Quando a Morte Chega e a Pessoa Não Acredita
Mas o Vô Francisco também lembrou que tem espírito que chega na hora da passagem sem fé nenhuma.
Tem filho que, até o último momento, acha que vida é só isso aqui: corpo, dinheiro, trabalho, prazer, preocupação.
Quando a morte chega, alguns mudam a crença na hora.
Vêm os espíritos queridos, sentem a presença de algo maior, e o coração se abre.
Mas tem outros que não mudam.
Esses continuam vivendo como se estivessem encarnados, grudados nos seus vícios, nas suas manias, nas suas teimosias.
Continuam frequentando os mesmos ambientes, as mesmas casas, a mesma mesa, às vezes o mesmo quarto.
A diferença é que ninguém mais vê o corpo deles, mas o espírito não percebe que já saiu da carne.
Ficam achando que enlouqueceram, que estão sonhando, que alguma coisa está estranha, mas se recusam a aceitar:
“Eu morri.”
O Que Continua Depois da Passagem
Quem gostava de correr atrás de dinheiro, continua obcecado por dinheiro.
Quem vivia só para comer, continua com desejo de comer.
Quem só pensava em trabalhar, continua com a mente presa ao trabalho.
A morte não faz milagre.
Ela só revela o que o espírito já era por dentro.
A diferença é que, sem corpo, o espírito não consegue mais satisfazer o vício com as próprias mãos.
Então faz o quê?
Procura quem ainda tem corpo e o mesmo tipo de apego.
O viciado em bebida se aproxima de quem bebe.
O viciado em droga se aproxima de quem usa droga.
O viciado em sexo sem amor se aproxima de quem vive mergulhado nisso.
O apegado demais ao dinheiro gruda em quem vive só para ganhar e acumular.
Fica rondando, incentivando, empurrando a pessoa para aquele comportamento.
E, ao mesmo tempo, se alimenta daquela energia.
Por isso o Vô Francisco insiste tanto em falar de vício:
não é ameaça, é aviso de amor.
O Corpo Como Escola de Deus
O Vô Francisco lembrou que vocês vieram para cá também para aprender a cuidar do corpo.
Tem coisa que o espírito só consegue aprender quando está assim, em carne e osso.
Enquanto está solto, do lado de lá, entende muita coisa pela mente e pelo sentimento, mas não tem o limite físico, não sente dor, cansaço, fome, sono, impulsos hormonais.
Aqui, não.
Aqui o corpo pede:
– Pede descanso demais.
– Pede comida errada.
– Pede excesso.
– Pede aquilo que vocês sabem que não faz bem.
– Pede droga, álcool, prazeres pela metade.
E aí vem a grande lição:
vocês escutam o pedido do corpo ou escutam a sabedoria do espírito?
O corpo é veículo que Deus emprestou.
Veículo bom, perfeito para o que vocês precisam aprender.
Mas veículo não é dono.
Quando a pessoa abusa sempre, o veículo estraga mais rápido.
Quando ela cuida, o veículo leva mais longe.
Por isso o Vô Francisco explicou:
“Vocês, a cada momento, estão escolhendo o que vai acontecer com o futuro de vocês.
Não é uma coisa lá longe, é a cada prato, a cada pensamento, a cada descuido ou cuidado.”
Futuro, Presente e Medo de Ficar Doente
Muita gente vive dizendo:
“Se eu comer isso, vou ficar doente.”
“Se eu fizer aquilo, vou ter um problema lá na frente.”
Quando o pensamento está o tempo inteiro voltado para o medo da doença, a energia segue essa direção.
A pessoa trava, endurece, fica tensa, e o corpo sente.
A pergunta verdadeira não é:
“Será que isso vai me fazer mal?”
A pergunta verdadeira é:
“Eu estou cuidando bem do meu corpo agora?
Eu estou honrando esse veículo que Deus me deu?”
Passado, presente e futuro se encontram aí.
O que foi, já foi.
O que virá, vocês estão semeando agora.
O único lugar onde dá pra escolher diferente é o momento presente.
Quando a Provação Se Repete
Depois o Vô Francisco foi mais fundo.
Disse que tem espírito que vem e, numa encarnação inteira, não evolui quase nada.
Não porque Deus não dá chance.
Mas porque o espírito insiste nas mesmas escolhas de antes.
O Vô deu um exemplo:
Imagina um pai ou uma mãe que, em outra vida, foi muito ruim com os filhos.
Maltratou, humilhou, abandonou, fez sofrer.
Esse espírito volta à Terra com uma marca forte por dentro: uma tendência a repetir esse comportamento.
Às vezes vem como pai ou mãe de novo, às vezes como filho que sofre na pele aquilo que fez.
A prova é dura, intensa.
Mas é exatamente ali que está a chance de transformar o que estava estragado.
Se naquela vida ele errou uma vez, a prova vem uma vez.
Se errou dez, a décima primeira prova parece mais pesada.
Mas, se conseguir vencer essa décima primeira, o salto espiritual é enorme.
Se não conseguir, vai fazer tudo igual de novo.
O espírito não volta mais atrasado, mas volta no mesmo ponto, sem andar para frente.
E a vida continua oferecendo chances.
O Corpo Pedindo e o Espírito Lutando
O Vô Francisco lembrou que o corpo de vocês é um grande campo de prova.
Ele pede descanso além da conta, pede comida que faz mal, pede prazer imediato, pede hábito que enfraquece.
Ele pede coisa boa também, é claro, mas para treinamento espiritual ele é exigente.
Vocês sabem que tem coisa que não presta e continuam.
Sabem que aquela comida, aquela bebida, aquele excesso, aquela droga, aquela compulsão sexual, aquela mentira “inofensiva” fazem mal.
Mas repetem.
É aí que se revela se o espírito está disposto a evoluir ou a estacionar.
O Vô Francisco falou com firmeza e carinho:
“É pra ser difícil mesmo.
Porque tem coisa que só dá pra aprender aqui.
Depois da passagem, vocês continuam sendo quem são.”
Vícios que Atravessam a Morte
Quando vocês fazem a passagem, a mesma regra continua.
Quem gostava de trabalhar continua procurando trabalho do lado de lá.
Quem gostava de ganhar dinheiro continua correndo atrás de formas de se sentir dono de alguma coisa.
Quem tinha vício em droga continua querendo aquela sensação.
Só que, sem corpo, não tem como usar.
Então o espírito viciado em droga, por exemplo, se aproxima de quem ainda usa aqui.
Fica rondando, sugando a energia da pessoa, incentivando, soprado:
“Vai lá, usa mais uma vez.
Hoje você merece.
Hoje você precisa.
Só hoje.”
A pessoa acha que é pensamento dela, mas muitas vezes não é.
É sintonia.
Por isso o Vô Francisco repetiu:
qualquer vício precisa ser combatido com coragem.
Não existem só vícios que destroem o corpo.
Existe vício de mentir, de manipular, de reclamar, de se fazer de vítima, de assistir tragédia, de buscar pornografia, de procurar sexo por fuga, sem amor, sem respeito.
Vocês acham que quem tem vício na mentira vai estar rodeado de gente sincera?
Não vai.
Vai viver cercado de pessoas que também manipulam, enganam, distorcem.
Porque semelhante atrai semelhante.
Você é o que Come, o que Pensa e o que Sente
O Vô Francisco disse com clareza:
“Vocês são aquilo que vocês fazem.
Vocês são aquilo que vocês comem.
Vocês são aquilo que vocês pensam.”
O corpo físico é feito de um monte de coisa grudada: células, moléculas, átomos.
Se olhar bem de pertinho, tudo acaba na mesma base: energia.
Esse tijolinho invisível reage a tudo.
Uma palavra muda o jeito dele se comportar.
Um pensamento altera a vibração.
Um sentimento mexe com toda a estrutura.
Vocês não conseguem ver essa dança acontecendo, porque é muito rápida.
O cérebro parece rápido, o pensamento parece veloz…
mas nada se compara à rapidez da energia.
É por isso que vocês dizem que Deus é onipotente, onipresente, que está em todo lugar.
A energia de Deus é tão sutil, tão luminosa, tão rápida, que atravessa tudo ao mesmo tempo.
Quando vocês fazem uma oração, ela não viaja devagarinho até o céu.
Ela acontece.
Ela vibra.
Ela se espalha.
Energia não conhece distância.
O Que Você Pensa, Você Chama
O Vô Francisco lembrou que até as coisas simples mostram isso.
Se você gosta de ver tragédia, vive buscando notícia triste, vídeo pesado, conversa de desgraça, o que você acha que vai ter por perto?
Mais tragédia, mais conversa pesada, mais imagens ruins, mais gente para reclamar junto.
Se você pensa muito em doença, o que você alimenta?
O medo da doença.
Se você pensa muito em falta, o que você chama?
Energia da falta.
Mas se você escolhe pensar em saúde, em prosperidade, em alegria, em solução, a energia também se organiza.
Não quer dizer que não vai ter problema, mas quer dizer que você não vai caminhar sozinho.
Vai caminhar na vibração de Deus.
O Vô Francisco avisou:
“Quando o coração de vocês está cheio de amor, vocês não conhecem direito a dor dos problemas.
Ela até existe, mas não manda.”
A vibração do amor é muito rápida.
Ela atravessa a dor e continua.
Parte 2 – Cocriação, Fé e o Poder da Decisão
A Energia do Amor que Cria Caminhos
Depois de falar da morte, do corpo, do espírito e das escolhas, o Vô Francisco mudou o rumo da conversa para algo que está bem pertinho da vida de vocês:
o jeito de pensar e de sentir que cria a própria realidade.
Uma filha contou que, quando começou a frequentar as palestras, estava muito mal.
Triste, desanimada, sem esperança, sem dinheiro, sem ânimo para nada.
Ela tinha um desejo antigo: ter o próprio salão.
Mas a cabeça insistia:
“Não dá, é impossível, não tenho dinheiro, não tenho como começar.”
Um dia, o Vô Francisco olhou no fundo dos olhos dela e disse:
“Filha, você está pensando errado.
Se você quer mesmo o seu salão, você precisa decidir aqui dentro.
Vai para o seu lugar, assume o que é seu.”
Ela saiu achando que o Vô Francisco estava louco.
Mas a semente já tinha sido plantada.
Ela começou a se imaginar dentro do salão.
Via mentalmente a porta, as cadeiras, as clientes sentadas, a conversa, o cheiro de produto, a cor das paredes.
Ainda achava impossível, mas o coração já tinha dito sim.
E então, as coisas começaram a acontecer numa velocidade que ela mesma achou estranha.
Os caminhos se abriram, o espaço apareceu, os recursos surgiram, as pessoas certas se aproximaram.
Em poucos meses, ela estava com o salão funcionando.
Continuava trabalhando e se esforçando, mas agora o esforço tinha gosto de realização.
Ela perguntou ao Vô:
“Vô, isso tudo aconteceu mesmo por causa da forma que eu comecei a pensar?”
E o Vô Francisco devolveu, com o jeito manso:
“Filha, o que você acha que foi?”
Ela respondeu:
“Eu queria muito.
No começo achei impossível, mas fui acreditando.
Me via lá dentro, no meu salão, e fui tendo certeza.”
O Vô explicou:
“Isso não foi rápido como você pensa, filha.
Esse sonho estava guardado faz muito tempo no seu coração.
O que foi rápido foi o momento em que você parou de duvidar.
Quando a decisão desceu pro coração, a energia de Deus misturou com a sua.
Aí, a vida inteira começou a trabalhar a seu favor.”
O Cargo Impossível
Outra história apareceu na roda.
Contaram de um filho que trabalhava no metrô como operador de trem.
Um dia, no carro, conversando, ele falou:
“No ano que vem vou pedir conta.
Não quero mais isso.”
A esposa perguntou:
“Se você fosse continuar lá, o que você gostaria de ser?”
Ele respondeu:
“Supervisor.
Mas isso é impossível.
Supervisor tem que ser concursado e ter faculdade.
Eu não tenho nem uma coisa, nem outra.”
Pela regra, não tinha como.
A esposa, cheia de fé, disse:
“Se você quer mesmo, você vai ter.
Decide e começa a se imaginar sendo supervisor.”
Ele duvidou, mas a semente entrou.
Passou um tempo, o chefe disse:
“vou tomar um café.
Fica aqui no meu lugar.”
E ele sentou na cadeira de supervisor.
Começou a fazer o serviço, a cuidar das coisas, a se acostumar com aquele lugar.
Outro dia, o chefe saiu para resolver coisas pessoais e de novo e ficou ali, na função.
Sem perceber, ele já estava sendo aquilo que desejava.
Mais alguns meses e o metrô anunciou:
“Vamos escolher alguns operadores para serem supervisores.”
Uma função que antes era só para quem tinha concurso e faculdade, de repente abriu para outros.
Quando foram escolher os nomes, muitos indicaram ele.
Ele acabou promovido.
Sem concurso, sem faculdade, mas com decisão, esforço, responsabilidade e fé.
O Vô Francisco ensinou:
“Quando vocês se imaginam fazendo, vocês começam a fazer.
Vocês colocam o coração naquele lugar, e a vida vai ajeitando o resto.
Mas o segredo não está só em imaginar.
Está em decidir, sem dúvida.”
Mecânica Divina: Coração Que Cria Realidade
O Vô Francisco brincou dizendo que isso é a “mecânica gótica” dele – o jeito simples de explicar uma coisa muito profunda:
Quando o coração decide, a energia se organiza.
Quando a cabeça fala:
“Quero isso”…
e logo depois fala:
“Mas será que dá?”
tudo se desfaz.
O Vô disse:
“Sonhar grande e sonhar pequeno dá o mesmo trabalho.
O que estraga o sonho não é o tamanho.
É uma palavrinha só: dúvida.”
Vocês começam animados:
“Nossa, vou fazer tal coisa, vou montar meu negócio, vou mudar de profissão.”
Logo em seguida, vem:
“Mas será?”
E ali o sonho já começou a ser desmontado.
O coração estava construindo um castelo, a cabeça derrubou por medo, por costume, por descrença.
Dificuldades Não São Sinal de Erro
Alguém questionou:
“Mas, Vô Francisco, a gente acredita, mas vê as dificuldades também.
Não é fácil.”
E o Vô respondeu:
“É diferente, filha.
O Vô Francisco não está falando que não vai ter dificuldade.
Vai ter, sim.
Qualquer coisa que vocês fazem nesse mundo traz problema, traz prova, traz ajuste.
Vocês estão aqui para aprender.
Às vezes a prova nem tem a ver só com o sonho, tem a ver com outras coisas que vocês precisam resolver em volta.”
Ter problema não significa que o sonho é errado.
Significa que a vida está educando o espírito enquanto realiza o desejo.
A pergunta não é:
“Vai ser fácil?”
A pergunta é:
“Eu decidi de verdade ou só estou experimentando?”
Quem decide mesmo pode até cair, mas levanta e continua no mesmo rumo.
Tempo Não é Demais Nem de Menos
Ele achava que tudo demorou quase dois anos.
A esposa dizia que foi menos.
Cada um via o tempo de um jeito.
O Vô Francisco olhou para eles e falou:
“Vocês nunca estão contentes com o tempo que as coisas levam.
Quando é rápido, vocês acham estranho.
Quando é devagar, acham que Deus esqueceu de vocês.
Mas o tempo que leva é o tempo necessário para aquilo se tornar verdade na vida de vocês.”
Às vezes, o coração da pessoa está mais preparado.
Ela solta o medo mais fácil, se entrega mais rápido, confia mais fundo.
Aí as coisas vêm ligeiro.
Outra pessoa precisa de mais treino, mais queda, mais cura por dentro.
Aí demora.
Não é prêmio nem castigo.
É amadurecimento.
Momentos de Clareza: Pensar com Profundidade
O Vô Francisco disse que o que vocês mais precisam é de momentos como aquele, em que param tudo e vão pensar na própria vida.
Não é pensar correndo, entre uma obrigação e outra.
É pensar com profundidade.
Olhar para dentro e perguntar:
“O que eu estou criando com meus pensamentos?
Que egrégoras estou alimentando?
Que sonhos eu alimento e destruo todo dia?”
O Vô Francisco falou que, quando vem conversar com vocês, não traz nada de fora.
Ele só cutuca sementes que já estavam dentro.
Às vezes, a semente estava seca, enterrada em terra dura.
A conversa entra como água, como adubo, como luz.
E a semente começa a acordar.
Parte 3 – Intuição, Vício, Energia e Cocriação no Dia a Dia
Intuição: Voz do Coração e Sopro dos Espíritos
O Vô Francisco falou da intuição com carinho.
Tem aquela intuição que mora no coração:
Vocês estão do lado de alguém e dá uma vontade enorme de abraçar, de dizer uma palavra boa, de olhar nos olhos e lembrar que Deus ama aquela pessoa.
Mas aí vem a vergonha:
“O que ela vai pensar de mim?”
E o abraço morre antes de nascer.
Tem também a intuição que chega pela cabeça, na forma de pensamento:
Vocês estão quietos, em paz, e de repente surge uma ideia clara:
“Faz assim.”
“Vai por ali.”
“Hoje não vai.”
Vocês chamam de “veio na cabeça”, mas é energia chegando.
Muitas vezes é espírito amigo, muitas vezes é Deus mesmo, usando o canal que vocês já têm.
O Vô Francisco disse:
“Muita intuição que vocês acham que é ‘viagem’ é, na verdade, mensagem.
Mensagem para cuidar de vocês, para cuidar de alguém, para evitar um mal maior.”
A cabeça, porém, coloca medo:
“Vão achar estranho.
Vão rir de mim.
Vão pensar que estou abusando.”
E assim, gestos que poderiam salvar um coração naquele dia morrem por timidez.
O Vício e a Corrente Invisível
O Vô Francisco voltou a falar dos vícios, agora juntando tudo.
Qualquer vício é uma corrente de energia.
Do lado de cá, tem gente viciada fazendo a mesma coisa todo dia.
Do lado de lá, tem espírito viciado que ainda não se libertou.
Essas energias se encontram.
Se atraem.
Se a pessoa tem vício de bebida, o espírito viciado em bebida se aproxima.
Se a pessoa tem vício de droga, o espírito viciado em droga também chega perto.
Se a pessoa tem vício em pornografia, em mentira, em sexo vazio, em reclamar, em dramatizar, os espíritos que vibram igual vão fazer morada na mesma faixa.
Por isso o Vô Francisco disse:
“Vocês conhecem muito pouco dos vícios.
Conhecem só os que estragam o corpo.
Mas tem vício na mente, vício na emoção, vício de energia.”
Quem tem vício de mentir, não aguenta ficar perto de gente verdadeira.
Não combina.
Quem tem vício de reclamar, não aguenta ficar perto de quem agradece, porque se sente exposto.
Você é aquilo que faz, pensa, sente e consome.
E é isso que você atrai.
Energia de Deus: Velocidade do Amor
O Vô Francisco voltou à explicação da energia.
Tudo é energia:
o corpo, a fala, o pensamento, o sentimento, a oração.
Nosso olho não enxerga o átomo, muito menos o que está dentro dele.
Mas se enxergasse, veria movimento: vibração, luz, dança.
Qualquer coisa que chega perto muda esse movimento.
Uma palavra amorosa muda.
Uma palavra agressiva muda.
Um pensamento de gratidão muda.
Uma raiva guardada muda também.
O pensamento é rápido, sim.
O cérebro é rápido, sim.
Mas nada é mais rápido que a energia de Deus.
Por isso Deus está presente em todo lugar ao mesmo tempo.
Quando vocês fazem uma oração sincera, a energia não viaja de um ponto ao outro, como carta no correio.
Ela simplesmente acontece em todos os pontos ligados por aquela intenção.
Energia não conhece distância.
Pensar Coisa Boa, Viver Coisa Boa
O Vô Francisco então começou a brincar com exemplos do dia a dia.
Se vocês só pensam em tragédia, vão viver cercados de tragédia.
Se gostam de notícias ruins, vão sempre ter alguém para trazer mais ruindade para conversar.
Mas se uma pessoa escolhe pensar em saúde, em prosperidade, em alegria, em solução, ela começa a vibrar num tom diferente.
Não quer dizer que não terá problema.
Quer dizer que o problema não vai mandar nela.
O Vô Francisco lembrou:
“Quando vocês estão felizes, cheios de amor, vocês quase não sentem a dor dos problemas.
A dor pode até estar ali, mas não domina.
Ela fica pequena perto da luz que vocês carregam.”
A Agenda Vazia Que Encheu
A filha do salão contou outra coisa.
Um sábado, a funcionária dela olhou a agenda e disse:
“Hoje está fraca.
A gente não vai trabalhar quase nada.”
A dona do salão respondeu:
“Não está fraca, não.
Nós vamos trabalhar o dia inteiro.”
A verdade visível era uma: a agenda tinha poucas pessoas marcadas.
Mas a verdade do coração dela era outra:
“Hoje vai ser cheio, hoje vamos trabalhar bastante.”
O que aconteceu?
Clientes começaram a ligar.
Gente que não estava marcada foi aparecendo.
A agenda se preencheu.
E elas trabalharam o dia inteiro.
O Vô Francisco perguntou se as pessoas acreditam nesse “do nada”.
Não existe “do nada”.
Se vocês imaginassem o ar como algo visível, perceberiam fios ligando todo mundo, em todos os lugares, o tempo inteiro.
Quando o coração decide e o pensamento acompanha, a mensagem corre por esses fios invisíveis.
Alguém, do outro lado da cidade, recebe como uma vontade:
“Ah, hoje vou lá naquele salão.”
E pronto.
A Vontade de Comer Sorvete
O Vô Francisco falou da egrégora do sorvete.
Você está em casa, tranquilo, e do nada vem uma vontade grande:
“Vamos tomar sorvete?”
Vocês arregimentam os amigos, vão para a sorveteria, chegam lá e está cheia.
Será que foi coincidência?
Ou existe uma egrégora das pessoas que pensam em sorvete, que se ligam umas às outras naquela vontade?
O Vô Francisco disse:
“Existe egrégora de tudo.
Tem egrégora de sorvete, de salgado, de festa, de estudo, de oração, de fofoca, de salão de beleza.”
O salão da filha é também uma egrégora.
As clientes que gostam de se sentir bem, de serem tratadas com carinho, de conversar sobre coisas leves, formam um campo de energia comum.
E é isso que as traz de volta.
Parte 4 – Reclamação, Necessidade e Amor com Respeito
Reclamar: Um Vício Disfarçado
Alguém perguntou:
“Vô, o que a gente faz com as pessoas que só reclamam?
Que a gente gosta, mas não aguenta mais ouvir tanta reclamação?”
O Vô Francisco explicou:
“Reclamar, filha, é um vício também.
É o jeito mais fácil de não fazer nada.”
A pessoa passa o dia dizendo:
“Minha vida é difícil.
Ninguém me ajuda.
Só acontece coisa ruim comigo.”
Parece que está desabafando, mas está enviando para o universo a energia da necessidade.
É como se dissesse, o tempo todo:
“Eu preciso, eu preciso, eu preciso.”
E o que volta?
Mais situação de precisar.
Mais coisa para reclamar.
Quem reclama o dia inteiro, não consegue construir nada duradouro.
Mesmo quando alguma coisa dá certo, continua reclamando.
Reclamar Para Ter Atenção
O Vô Francisco também explicou que tem gente que faz tudo dar errado sem perceber, só para receber atenção.
A pessoa arruma problema no relacionamento, quebra a própria vida financeira, adoece o corpo, se enrola no trabalho…
Lá no fundo, o que o coração dela quer é:
“Alguém olha pra mim?
Alguém cuida de mim?”
Então, quando tudo dá errado, ela recebe visita, conselho, abraço, cuidado.
A família se aproxima, os amigos se preocupam.
Ela não sabe que está criando isso, não faz por maldade.
É o subconsciente pedindo amor do jeito que aprendeu.
Por isso o Vô Francisco falou:
“Da mesma forma que vocês criam coisas boas com o pensamento firme e sem dúvida, tem gente que cria problema sem saber, pela mesma força de certeza que põe na reclamação.”
O Amigo Que Só Falava Mal da Família
Um filho contou do amigo que passava os dias reclamando do pai e do irmão.
De segunda a sexta, no trabalho, era o mesmo assunto:
“Meu pai isso, meu irmão aquilo, me pisaram, não me ajudaram…”
Até que um dia, ele cansou e disse:
“Você já parou pra pensar que você é o que é hoje por causa deles?
Que o jeito duro deles te fez estudar, trabalhar, sair para conquistar suas coisas?
Em vez de reclamar, talvez você devesse agradecer.
Se eles tivessem feito tudo por você, talvez hoje você não tivesse nada.”
O amigo ficou quieto.
A ficha caiu.
Depois disso, nunca mais reclamou do pai e do irmão do mesmo jeito.
O Vô Francisco perguntou:
“Vocês acham que esse filho falou isso com amor e respeito?”
Falou.
Colocou o coração dele dentro do coração do amigo.
E quando a gente fala com amor e respeito, a palavra entra fundo.
Como Tratar Quem Só Reclama
O Vô Francisco ensinou:
Vocês não são obrigados a ouvir reclamação o tempo inteiro.
Vocês têm o dever de respeitar o próprio coração.
Quando alguém só traz assunto pesado, vocês podem dizer com carinho:
“Eu gosto de você, mas não quero mais falar só disso.
Vamos conversar de coisa boa?
Vamos falar de planos, de coisas que dão certo, de gratidão?”
Ofereçam assunto melhor.
Não é falta de amor.
É amor com consciência.
E se a pessoa insistir, vocês podem se afastar um pouco, sem brigar, sem desejar o mal, mas protegendo a própria energia.
Reclamação contínua é como laranja podre na cesta.
Se ninguém tira, estraga as outras.
Assim é com ambiente, com hábito, com pessoas e até com pensamento.
Respeito aos Outros e a Si Mesmo
O Vô Francisco disse também:
“Vocês não são obrigados a engolir sapo.
Quando alguém fala algo atravessado, vocês não precisam devolver na mesma moeda.
Mas podem dizer:
‘Eu não gostei do que você falou.
Eu me senti assim, assim.
Da próxima vez, vamos fazer diferente?’
Isso não é agressão, é respeito.
Respeito com o outro e com vocês mesmos.”
Muitas vezes, a pessoa ouve coisas que não gosta, fica quieta, engole, finge que está tudo bem.
Depois vai para casa reclamar para outro, que não tem nada a ver com aquilo.
A energia da mágoa se espalha.
O caminho de amor é olhar no olho, falar com calma e verdade.
Parte 5 – Ambientes, Egrégoras e a Coragem de Mudar
Quando o Lugar Não Combina Mais com Você
Uma filha disse ao Vô Francisco:
“Quando eu chego no meu prédio, eu não me sinto bem.
Parece que não era para eu estar ali.
Dá um frio, uma sensação ruim.”
O Vô perguntou:
“Com tudo que conversamos hoje, por que você acha que é assim?”
Ela respondeu:
“É a egrégora, né, Vô?”
E o Vô Francisco confirmou:
“O bairro tem uma egrégora.
O prédio tem outra.
A sua casa, dentro do prédio, tem outra ainda, das pessoas que vivem lá.
Quando você vai para um lugar que não combina mais com a sua energia, o coração sente.”
Ela disse que tenta sair, mas nunca consegue.
Sempre aparece um problema, uma dificuldade, um medo.
O Vô explicou:
“É porque ainda tem muita dúvida, muito medo e muita preocupação no caminho.
Quando você decide de verdade, sem dúvida, você já saiu.
Mesmo que ainda esteja morando lá, a vida começa a te empurrar para fora.”
A Ribanceira da Decisão
O Vô Francisco usou de novo a imagem da descida.
“Imagina você correndo ribanceira abaixo.
Se tentar parar no meio, cai.
Mas cai para frente.
Não tem como voltar.”
Uma decisão verdadeira é assim.
Você escolhe, solta o medo, entrega para Deus e segue.
O que acontece hoje com muitos filhos?
Eles começam a correr, se animam…
Aí aparece um problema e pensam:
“Está muito difícil.”
“Será que devo continuar?”
A dúvida é o freio.
Cada dúvida é como subir tudo de novo e voltar para o começo da ribanceira.
Por isso tantos projetos começam e não vão adiante.
Não falta capacidade.
Falta decisão sem dúvida.
Não Mentalizar a Queda, Mas o Destino
Alguém comentou:
“Então, Vô, a gente deve se imaginar demitido para conseguir outro trabalho?”
O Vô respondeu:
“Não, filha.
Se você se imagina só demitido, você cria a demissão.
Mas não cria o novo trabalho.
Pode acabar sem nada, ou até voltar para o que era.”
O foco não é na perda.
O foco é no destino.
Se quer mudar de emprego, pense:
– Que tipo de trabalho você quer?
– Com que tipo de pessoas quer conviver?
– Quanto quer ganhar?
– Que horário quer ter?
– Que ambiente quer viver todos os dias?
Quanto mais detalhe, mais claro o caminho.
O Pacote Completo do Sonho
O Vô Francisco explicou que, muitas vezes, a pessoa diz:
“Quero mudar de trabalho.”
E pronto.
Não pensa em mais nada.
Muda de lugar, ganha um pouco mais, mas o ambiente é ruim, as pessoas são pesadas, a energia é baixa.
Em pouco tempo, está infeliz outra vez.
Não é que deu errado.
É que o sonho estava incompleto.
Quando o coração sonha, precisa sonhar o pacote inteiro:
“Quero mudar de trabalho para ganhar mais, para trabalhar com gente que vibre parecido comigo, para ter tempo com a família, para me sentir útil.”
A energia obedece à imagem completa.
A Casa Sonhada e a Dúvida que Destrói
O Vô Francisco lembrou da casa.
Vocês dizem:
“Quero uma casa.”
Mas não sabem:
– Quantos quartos.
– Quantos banheiros.
– Se querem quintal.
– Se querem árvore.
– Se gostam de sol na sala de manhã ou à tarde.
– Se a casa é silenciosa ou cheia de vida.
Quanto mais detalhes, mais progresso.
A pessoa pensa:
“Quero uma casa grande, com muitos quartos, para receber a família nas férias.”
O coração se enche.
Deus escuta.
Aí vem a cabeça e diz:
“Mas isso é caro demais, é impossível.”
Naquele instante, a energia que estava construindo a casa volta para o começo.
A dúvida apaga o desenho.
Por isso o Vô Francisco lembrou:
“O poder de Deus é infinito.
Quando vocês usam a faísca desse poder que está em vocês com fé, não tem limite.
O que limita é a dúvida que vocês inventam.”
Parte 6 – Sucesso, Afinidade, Ano Novo e Esperança
Por Que Quem Tem Sucesso Continua Tendo?
O Vô Francisco perguntou aos filhos:
“Vocês já notaram que quem tem sucesso costuma ter mais sucesso ainda?”
É a egrégora.
A pessoa que aprende a decidir e não voltar atrás entra numa faixa de energia em que cair e levantar vira coisa natural.
Ela cai, mas não diz:
“Está muito difícil, vou desistir.”
Ela pergunta:
“Como eu levanto e continuo?”
Quando convive com outras pessoas assim, essa maneira de viver fica ainda mais forte.
É a egrégora do sucesso:
– de quem arrisca,
– de quem aprende,
– de quem assume responsabilidade,
– de quem não culpa todo mundo pelos próprios tropeços.
Já a pessoa que reclama, cai no primeiro degrau e senta.
Cria mais dúvida ainda e volta para o começo, toda vez.
Exercício das Afinidades
O Vô Francisco propôs um exercício.
“Pensem nas pessoas com quem vocês têm afinidade.
Aquilo de olhar e dizer:
‘Com essa pessoa, é fácil conviver.’
Perguntem ao coração:
O que é que a gente vibra igual?
Que valores, que sonhos, que tipo de conversa, que tipo de energia?”
Depois, pensem nas pessoas com quem o convívio é difícil, pesado, cheio de atrito.
Perguntem:
“Que tipo de egrégora essa relação alimenta?
Que tipo de energia nos aproxima: culpa, medo, vício, mágoa, apego, dependência?”
Assim, vocês vão entendendo melhor que tipo de campos de energia fazem parte da vida de vocês hoje.
E podem escolher melhor quais querem fortalecer.
Ano Novo e a Egrégora da Esperança
O Vô Francisco falou do fim de ano.
Quando o ano vira, quase todo mundo sente leveza, esperança, vontade de recomeçar.
Mas, na verdade, é só mais um dia no calendário.
O que muda é a egrégora.
Milhões de pessoas, ao mesmo tempo, estão dizendo dentro do peito:
“Que o ano que vem seja melhor.
Que eu seja uma pessoa melhor.
Que a vida melhore.”
Essa onda de esperança é tão forte que vocês sentem.
Vocês fazem planos, criam metas, escrevem promessas.
Logo depois, aparece a velha egrégora da dúvida:
“Será que eu vou conseguir?
Será que dou conta?”
Se vocês entram nela, matam a força do ano novo.
A esperança não acaba sozinha.
Ela é apagada pela dúvida que vocês mesmos alimentam.
Outros Dias de Egrégora Forte
O Vô Francisco lembrou que não é só o ano novo que traz essa energia.
Tem também o aniversário de vocês.
Tem datas especiais.
Tem até dias da semana de que vocês gostam mais.
Porque, sem perceber, vocês entram na egrégora daquelas datas:
– de celebração,
– de descanso,
– de gratidão,
– de recomeço.
Se vocês começarem a reparar, vão notar que o coração sente diferente em determinados dias, em certos lugares, com certas pessoas.
Nada disso é por acaso.
Tarefa de Casa do Coração
O Vô Francisco deixou uma tarefa para o fim de ano:
– Observar as afinidades: com quem é fácil, com quem é difícil.
– Perceber as egrégoras que frequentam: de reclamação, de fofoca, de fé, de alegria, de estudo, de trabalho honesto.
– Escolher conscientemente quais querem alimentar no ano que entra.
Não é para sentir culpa.
É para ganhar clareza.
Quanto mais clareza, mais liberdade para escolher.
Despedida do Vô Francisco
No final, o Vô Francisco desejou:
“Muita coragem para vocês.
Muita alegria.
Que vocês tenham força para seguir o coração de vocês,
para cortar o que faz mal,
para alimentar o que faz bem.
Lembrem sempre:
medo, preocupação e dúvida são as três maiores bobagens que vocês carregam.
Vocês vieram aqui para descobrir
que tipo de árvore vocês vieram ser.
O resto, Deus ajuda a crescer.”
E o Vô Francisco envolveu todos com uma bênção silenciosa,
pedindo a Deus que cada semente boa plantada naquela conversa floresça no tempo certo,
na vida de cada filho e de cada filha.
Que assim seja.