A Centelha de Deus em Nós e a PAZ

data palestra 03-nov-2025


A Paz


O Começo: a pergunta sobre a paz

Mas o Vô vai começar com uma pergunta simples:
O que é a paz?

Uns dizem que é viver com a consciência tranquila. Outros que é viver o presente sem se prender ao passado nem se perder no futuro.

Tudo isso é verdade. Mas existe uma diferença entre viver em paz e viver com paz.

Em paz, é o mundo ao redor que está silencioso.
Com paz, é a alma que repousa, mesmo quando tudo à volta parece barulho.

Viver com paz é viver sem peso, sem culpa, sem raiva. É não carregar o que não precisa ser carregado. É perdoar e se perdoar.

E o Vô pergunta: vocês conseguem viver assim? Sem culpa? Sem aquele peso de achar que podiam ter feito diferente?

O Vô já esteve aqui antes, meus filhos. Eu sei como é.
Viver sem culpa é viver no agora.
Mas quase todo mundo vive pensando no amanhã — e o amanhã, vocês sabem, nunca chega.


Tempo, Gravidade e Presença

Vocês já ouviram o Vô dizer que o presente, o passado e o futuro acontecem todos juntos? Pois é.
Hoje o Vô vai explicar isso um pouco mais — até de um jeito científico, se é que vocês me permitem.

Aqui, neste mundo de vocês, existe a gravidade. E é ela que faz o tempo ser como é.
A gravidade segura a energia do Sol, prende as coisas à Terra, e faz o tempo parecer uma linha.

Mas se não houvesse gravidade, não existiria tempo. A energia não cairia nem se atrasaria. Seria apenas.

Por isso o Vô diz: o tempo é só uma forma de perceber o movimento da energia.
No plano espiritual, onde não há gravidade, o tempo não é linha — é presença. Tudo acontece junto.

O que vocês pensam, vocês criam.
O que sentem, realizam.

Se o coração está irritado, a vida trará mais irritação.
Se está em paz, o dia se abre com serenidade.

Vocês são energia viva, filhos. E energia vibra, atrai e manifesta.


A Centelha Divina

Dentro de cada um há uma parte de Deus.
O Vô sempre fala disso, e hoje repete: Deus colocou dentro de vocês uma semente divina.

Essa centelha é o que faz vocês capazes de realizar qualquer coisa que desejem com fé.
O mesmo Deus que criou o universo mora em cada coração.

E no entanto, o ser humano duvida da própria força.
Pensa que o dinheiro não vem, que o trabalho não anda, que a felicidade não cabe.
Mas tudo isso é ilusão.

Quando vocês acessam a semente divina, vocês se conectam com o Criador.
E não há limite para o que pode ser feito.

Vocês chamam este mundo de tridimensional. Há ainda dimensões que os olhos não veem.
Mas um dia, quando pararem de viver apenas presos ao tempo da matéria, verão o quanto há além.

Nos sonhos, vocês visitam outras dimensões sem perceber.
Sonham com lugares e pessoas que não conhecem, e mesmo assim sentem que são vocês.
É porque o espírito não tem forma fixa — ele apenas vibra.

E é essa vibração que une tudo o que existe.


O Elefante Também é de Deus

O Vô vai contar uma história para vocês nunca mais esquecerem.

Certa vez, um homem caminhava confiante, repetindo:
“Eu tenho Deus dentro de mim. Nenhum mal pode me atingir.”

E então, à frente, vinha um elefante enorme.
As pessoas gritavam: “Cuidado!”
Mas o homem respondeu: “Nada me atinge. Deus está comigo.”

Continuou andando até que o elefante o derrubou com força, lançando-o longe.

Machucado, ele perguntou: “Mas eu não tinha Deus dentro de mim?”

E o Vô responde: tinha sim. Mas o elefante também.

Vocês entendem?
A centelha divina está em tudo o que vive — nas pessoas, nos animais, nas plantas, nas pedras.
A fé verdadeira não é desafiar o mundo, mas compreender que Deus está em tudo.

Essa é a beleza da unidade: reconhecer o divino em todas as formas.


O Ciclo da Vida

Tudo o que tem vida carrega essa centelha.
Ela começa nos minérios — nas pedras e cristais —, passa para os vegetais, depois para os animais, e por fim chega ao ser humano.

É nesse ciclo que a vida aprende a sentir, a amar e a pensar.
E é nesse mesmo caminho que Deus aprende através de nós.

Vocês acham que essa centelha é algo pequeno? Não é.
É o próprio reflexo do Criador em vocês.

Mas o Vô tem certeza de uma coisa: vocês ainda usam muito pouco desse poder.


O Peso da Culpa e o Alívio da Aprendizagem

Quando foi a última vez que vocês acordaram felizes?
Daquelas alegrias que fazem a gente nem querer dormir, só para continuar vivendo o momento?

A culpa e o medo são pesos que tiram isso da alma.
A culpa faz olhar apenas para trás, impede o passo adiante.

O segredo é transformar culpa em aprendizado.
Porque quando aprendem, a culpa se dissolve.

Vocês já perceberam que os mesmos problemas voltam de tempos em tempos?
Quando isso acontece, é sinal de que algo ainda não foi aprendido.

E não pensem que isso vale só para o que dói.
As coisas boas também se repetem quando ainda há lição nelas.


A Repetição do Bem e o Crescimento

Tudo o que se repete — bom ou ruim — pede aprendizado.
Quando algo bom acontece de novo, é porque ainda há uma lição escondida ali.

Nada se repete à toa.
Quando compreendemos a lição, a vida passa para a próxima fase.

O problema é que o ser humano costuma aprender mais na dor do que no amor.
Mas aquele que aprende pelas coisas boas, pelo amor, cresce mais depressa e transforma tudo ao redor.


A Pamonha de Todo Dia

Deixem o Vô contar outra história.

Imaginem alguém com muita fome. De repente, ganha uma pamonha bem quentinha.
A primeira é deliciosa, mata a fome.
A segunda já não tem o mesmo sabor.
Na décima, o que era prazer vira cansaço.

Assim é a vida.
Às vezes vocês se acostumam com o que é bom e param de crescer.
Ficam acomodados porque é confortável.

Mas o que é confortável nem sempre é o que faz florescer.
A árvore que vive só na sombra não sente o calor do sol — e sem o sol, ela não dá frutos.

O ser humano é igual.
Precisa sair do cômodo, buscar o novo, desafiar-se.
Ser feliz exige coragem.


Coragem de Ser Feliz

A felicidade é uma escolha corajosa.
Ser feliz não é não ter problemas, é escolher olhar a vida com o coração aberto.

O Vô quer que vocês saiam daqui com coragem — coragem para se libertar das culpas do passado, coragem para confiar no que está por vir, coragem para viver com leveza.

Responsabilidade é diferente de culpa.
A culpa cansa; a responsabilidade fortalece.

E lembrem-se: só sente culpa quem é responsável.
Mas há também quem vive sem culpa porque não sente nada — e esse é o mais infeliz de todos, porque não percebe o mal que causa.


A Voz do Coração

A cabeça pensa demais, o coração sente o que é certo.
Quem vive preso à mente está sempre ansioso com o amanhã — o que vai vestir, o que vai fazer, o que precisa resolver.

Mas quem aprende a ouvir o coração encontra direção.
Por isso o Vô insiste tanto: usem o coração.

Quando as escolhas vêm do coração, a vida muda.
Vocês percebem diferença em si mesmos — e os outros percebem também.

O coração é o templo de Deus.
É nele que mora a centelha divina.


Comparar-se é se perder

O Vô quer que vocês aprendam a olhar para si com gratidão.
Muitos se sentem infelizes porque vivem comparando a própria vida com a dos outros.

Mas comparar é sempre perder.
Quando se compara com quem tem menos, é orgulho.
Quando se compara com quem tem mais, é ingratidão.

O único jeito certo de comparar é com o próprio caminho:
Você é melhor do que era há cinco, dez, vinte anos?
Se sim, está evoluindo.

Se nada mudou, é porque ficou parado — repetindo os mesmos hábitos, os mesmos pensamentos, os mesmos medos.

E quando as pessoas à sua volta começam a notar sua mudança, pode ter certeza: sua alma já cresceu.


Amar o Próximo e Amar a Si Mesmo

O Vô sempre repete: “Amar o próximo como a si mesmo.”
Mas vocês já perceberam que a frase não é apenas “amar o próximo”?

Por que vem o complemento “como a si mesmo”?
Porque ninguém é capaz de amar o outro se ainda não aprendeu a se amar.

Depois de Deus, a pessoa mais importante da sua vida é você.
E isso não é egoísmo — é sabedoria.

Quem quer ajudar, precisa estar forte.
Quem quer cuidar, precisa estar saudável.
Quem quer iluminar, precisa acender primeiro a própria chama.

Amar a si mesmo é ouvir o coração e respeitar o que ele diz.
Não é orgulho, é sintonia com o divino.
Porque é no coração — e não na mente — que Deus habita.

Ninguém diz “Deus está na minha cabeça”.
Todos dizem “Deus está no meu coração”.
E isso tem um motivo.


O Poder das Decisões do Coração

As decisões tomadas com o coração permanecem vivas dentro da alma.
As decisões tomadas apenas com a mente se perdem com o tempo.

Quando o coração escolhe, a emoção registra.
E tudo que emociona, permanece.

Por isso o Vô insiste: escolham com o coração.
Usem o coração em tudo — no trabalho, nos relacionamentos, nas pequenas escolhas do dia.

Vocês perceberão que, quando seguem o coração, não se cansam.
O corpo se renova, a mente clareia, o dia passa leve.

Mas quando decidem apenas pela cabeça, o corpo pesa e o tempo desaparece.
Vocês terminam o dia sem saber o que fizeram, sentindo que nada valeu a pena.

O coração é a bússola da alma.
Ele sabe o caminho que a mente ainda não compreendeu.


A Energia e o Valor do Dinheiro

Vamos falar de um tema que o Vô também gosta de explicar: o dinheiro.

O dinheiro é energia.
É uma força que serve para transformar.

Quando usado com amor, ele multiplica.
Quando usado com egoísmo, se perde.

O dinheiro vai sempre para as mãos de quem sabe transformá-lo em algo bom —
seja trabalho, serviço, ajuda, criação.

Se ele não transforma, ele para.
E o que não se move, cansa, como a energia mal usada dentro de nós.

Por isso, o que vocês chamam de prosperidade não tem nada a ver com acúmulo.
Prosperidade é fluxo.
É energia em movimento.
É deixar passar o que vem e receber o que o universo devolve.


A Vibração das Pessoas ao Nosso Redor

Muitos acham que escolhem as pessoas que os cercam.
Mas, na verdade, vocês não escolhem — vocês atraem.

O ambiente em que vivem reflete a vibração que emanam.

Se você está cercado de pessoas cheias de problemas, talvez ainda carregue a mesma energia.
Se está entre pessoas saudáveis e alegres, é sinal de que sua vibração está leve e elevada.

Quer mudar de vida?
Aproxime-se de quem já vive o que você deseja viver.
Conviva com quem inspira, não com quem pesa.

Quando se cresce em consciência, o grupo muda naturalmente.
E às vezes, o que parece abandono é só evolução.

Mudar de grupo com amor é progresso.
Mudar com dor é quando a vida precisa afastar o que você ainda não teve coragem de soltar.


Heranças Invisíveis

Vocês já repararam que certos problemas se repetem dentro de uma mesma família?
Parece que passam de pai para filho, como uma herança.

Muitos chamam isso de “hereditário”, mas o Vô explica:
não é apenas o sangue que carrega; são os hábitos, os comportamentos, os medos, as crenças.

O filho aprende a comer como o pai, a reagir como o pai, a se preocupar como o pai.
E assim as histórias se repetem, geração após geração.

Mas basta um que decida mudar, para que toda a família mude junto.
Essa pessoa, muitas vezes, é chamada de “a diferente”, “a rebelde”, “a ovelha negra”.

Mas o Vô diz: olhem com carinho para os diferentes.
Quase sempre, são os curadores da família.
Vieram para romper o padrão, para quebrar o ciclo.

Toda família tem um espírito assim — mais ousado, mais sensível, mais corajoso.
E é por isso que nada é acaso.
Deus coloca em cada grupo aquele que é capaz de trazer nova luz.


A Repetição nas Gerações e o Chamado da Consciência

Mesmo as repetições familiares são aprendizados coletivos.
Elas se manifestam até que alguém desperte.

A mudança de uma pessoa liberta muitas.
Por isso, quando a vida lhe pedir coragem para ser diferente, aceite.
Você pode estar libertando gerações.


O Propósito e o Aprendizado da Alma

Um dos filhos perguntou ao Vô:
“Se cada encarnação é um aprendizado, como sabemos o que viemos aprender?”

E o Vô respondeu:

Cada alma vem com um propósito, e esse propósito pode ser grande ou pequeno aos olhos do mundo, mas é sempre grande aos olhos de Deus.

Alguns vêm para iluminar nações.
Outros, para transformar uma família, um lar, uma única vida.

O propósito está no lugar onde Deus o colocou — na sua história, nas pessoas que o cercam, nos dons que você carrega.

E o que vocês precisam aprender?
O máximo possível dentro da proposta desta vida.

A expansão da consciência é o verdadeiro progresso.
E quanto maior a consciência ao partir, maior será a missão na próxima volta.


As Crianças e as Lembranças Antigas

O Vô explicou também sobre as crianças que se lembram de outras vidas.
Há momentos em que elas acessam seus registros espirituais — o que o Vô chama de registros akáshicos.

Essas lembranças não vêm por acaso.
Às vezes aparecem para ajudar no crescimento da criança.
Outras vezes, para inspirar os pais e despertar fé em quem duvida.

Algumas crianças vêm ao mundo por pouco tempo, apenas para ensinar o amor.
Elas sabem, lá do alto, que a passagem será curta, mas vêm mesmo assim.
A dor que deixam abre o coração de quem fica.

Nada é sem propósito.
Tudo o que acontece é parte de um acordo feito antes de nascer.


A Alma e Suas Viagens

Quando o espírito volta ao plano espiritual, leva consigo toda a consciência conquistada nesta vida.
Lá, recorda-se de tudo o que viveu — não só desta existência, mas de todas as anteriores.

Aqui na Terra, tudo é passageiro.
O mundo verdadeiro é o espiritual.

Lá, não há tempo nem distância.
Basta pensar em alguém para estar ao lado dela.
Basta lembrar de um lugar para viver nele novamente.

E é assim que Deus, o grande observador do universo, acompanha cada vibração nossa.
A mente divina observa e sustenta a criação — como na mecânica quântica que os homens estudam, mas que Deus já compreende desde sempre.


Erros, Carma e Intenção

Outro filho perguntou:
“E quando alguém erra muito — machuca, mata, destrói —, o que acontece com essa alma?”

O Vô respondeu com calma:

Nem todo erro cria um fardo eterno.
O que realmente pesa é a intenção.

Há espíritos que voltam à Terra para acertar o que fizeram errado.
Outros vêm apenas para servir, para elevar, para ensinar.

O que define o destino não é o erro em si, mas o desejo de reparar e de crescer.

Se o espírito erra e se recusa a aprender, sua vibração vai se tornando densa, pesada.
Vai se afastando da luz, até perder a forma e virar apenas energia dispersa — o que os antigos chamam de ovoide, uma alma que se desligou de sua própria essência.

Mas aquele que busca aprender, mesmo entre quedas, cresce.
E quando cresce, ilumina outros — como uma árvore grande que dá sombra aos que ainda nascem pequenos.

Não se preocupem com o que fizeram em vidas passadas.
Se lembrassem de tudo, muitos não suportariam.
A misericórdia divina os faz esquecer, para que possam recomeçar em paz.

O que importa é agora.
O tempo de aprender é este instante.


O Espírito e o Mistério da Vida

Antes de encerrar, o Vô deixou uma última pergunta:

Vocês sabem o que é o espírito?
Já se perguntaram onde ele vive, o que sente, de que é feito?

Essas perguntas não têm resposta pronta.
Elas existem para que o coração desperte e comece a buscar.

O espírito é a parte eterna, a presença que observa e aprende.
É o reflexo de Deus em nós, a consciência que nunca morre.


O Chamado Final: Amar e Evoluir

O Vô olhou para todos os filhos e disse:

Amar o próximo é importante, mas amar a si mesmo é essencial.
Só assim vocês poderão cumprir seus propósitos e ajudar o mundo.

A felicidade não está fora, está no modo como vocês decidem sentir.
E Deus não está longe — Ele vive no centro do seu coração.

Escolham com amor, vivam com coragem, e deixem a vida fluir com sabedoria.


Encerramento

O Vô concluiu dizendo:

“Filhos, o que vocês fariam amanhã se tivessem o poder de Deus?”

Pensem nisso antes de dormir.
Porque o poder de Deus já está em vocês.
E não é preciso muito para transformar o mundo — basta um gesto sincero, um pensamento puro, um ato de amor.

Vocês não precisam mudar o universo todo.
Comecem mudando o que está ao alcance.
Grão por grão, gesto por gesto, o mundo se transforma.

Quando vocês despertarem o divino que carregam, tudo à volta despertará também.

Boa noite, meus filhos.
Que o amor os acompanhe,
que a paz os habite,
e que a centelha de Deus em cada um de vocês nunca se apague

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *