Notas de ensinamento a partir da conversa com Vô Francisco
Fidelidade é, antes de tudo, manter a palavra dada. É agir conforme os princípios que se acredita, mesmo quando surgem dificuldades ou tentações de desvio. Não se trata apenas de ser fiel a outra pessoa, mas também de manter coerência com os valores aprendidos e com a própria consciência. A fidelidade não é apenas um compromisso externo — ela nasce dentro do coração.
Há uma fidelidade profunda que muitas vezes é esquecida: a fidelidade a si mesmo. Quando alguém deixa de ouvir o que o coração pede, rompe essa fidelidade interior. Essa desconexão se reflete em todas as outras áreas: nas amizades, nos relacionamentos, no vínculo com o divino. Estar em paz com o próprio coração é o início de toda fidelidade verdadeira. É dessa escuta interior que nasce a alegria, a confiança, a entrega.
É comum que as pessoas só se lembrem da fidelidade quando se sentem tentadas a trair — mas o verdadeiro caminho é ser fiel mesmo na ausência de provações. Quem vive com atenção ao que o coração pede evita naturalmente as escolhas que conduzem ao erro. Isso é estar alinhado com a centelha divina que habita dentro de cada um.
Amor
Falar de amor é igualmente essencial. O amor é uma das forças mais elevadas que existem. Ele não conhece distância — chega onde precisa, quando é enviado com intenção verdadeira. Ao orar, por exemplo, é a vibração do sentimento que determina o impacto. Não se deve orar com pena ou dó, pois esses são sentimentos de baixa frequência que não ajudam. Ajudar com amor, sim. Amor eleva, limpa, transforma.
Oração
A oração, portanto, deve ser feita com consciência. O importante não é deixar de pedir, mas saber que oração não se limita a pedidos. A oração conecta com o coração de Deus. E quando alguém ora apenas para pedir, sem jamais agradecer ou enviar amor, essa oração tende a perder força. A chave está na intenção: orar com amor, com gratidão, com verdade.
Mesmo Jesus, ao curar, perguntava o que a pessoa queria. Isso mostra que é necessário expressar as vontades, se conectar com elas e manifestá-las com clareza. O problema não está em pedir, mas em viver apenas pedindo, sem construir um relacionamento com o divino baseado no amor e na escuta.
Por fim, é importante lembrar: amor e respeito devem estar presentes em toda conversa, em todo ato. Quando há amor e respeito, a verdade pode ser dita sem ferir. E a vida flui com mais leveza. Que a fidelidade ao próprio coração, o cultivo do amor e a oração consciente sejam práticas constantes na jornada espiritual.